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sábado, 13 de novembro de 2010

Código Florestal: bancadas ruralista e ambientalista se mobilizam

   Apenas três dias após a eleição de Dilma Rousseff, deputados ruralistas se reúnem para discutir estratégias para aprovar o Novo Código Florestal. A expectativa é que a proposta vá para votação ainda este mês. O caminho a se percorrer seria através das lideranças partidárias. O objetivo é que a proposta seja incluída no plenário com a aprovação de seu conteúdo na íntegra, sem modificações.

   Luiz Carlos Heinze (PP-RS) afirma que "[a] comissão especial foi criada e, por entendimento com a liderança do PT, do PSDB e também do próprio presidente Michel Temer, nós não votamos essa matéria durante o mês de junho, quando já tínhamos a matéria pronta na comissão especial, para não trazer esse assunto à pauta durante o período eleitoral”. Aduz ainda o compromisso de ambos partidos à votação neste mês de novembro.

   Em contrapartida, a bancada ambientalista não se deu por vencida. Apesar da aprovação do projeto substitutivo elaborado pelo Deputado Aldo Rebelo (PCdoB) pela Comissão Especial da Câmara, os deputados se mobilizam para contatar, também, as lideranças partidárias para não incluir no plenário neste ano a votação da proposta de mudanças do Código Florestal.

   Deputados e representantes da sociedade civil se articulam para apresentar um novo projeto de modificação do Código, a ser submetido à aprovação de uma Comissão Especial da Câmara neste próximo ano, que apresente propostas menos dramáticas que o projeto apoiado pelos ruralistas.

   Uma das estratégias é a elaboração de uma proposta que explane ao setor privado o que fazer, ao invés de estabelecer limites e proibições. Para os ambientalistas, é possível flexibilizar as determinações das áreas de preservação permanente "com critério", continuando a protegê-las.

   O Código Florestal tem sido objeto de intenso debate. A proposta apoiada pela bancada ruralista prevê redução das áreas de preservação permanente, contabilização conjunta de APP e reservas florestais para determinadas propriedades rurais, anistia para recomposição de áreas devastadas até julho de 2008, entre outras polêmicas que atentam contra o meio ambiente.

   Entidades científicas criticam duramente esta proposta que reduz a proteção ambiental. Asseveram que foram ignorados na elaboração do substitutivo e que a produção agropecuária brasileira tem plenas condições de se desenvolver economicamente sem diminuir a proteção ambiental.

   Certamente, qualquer proposta de lei que ponha o meio ambiente e a produção rural em posições antagônicas não merece prosperar. O "apaixonado" substitutivo elaborado pelo Excelentíssimo Deputado Aldo Rebelo tem o condão de mobilizar a população mal informada contra a proteção ambiental.

   O Instituto Aimara se dispõe a todos aos esclarecimentos necessários do tema. institutoaimara@gmail.com

domingo, 1 de agosto de 2010

Desequilíbrio Ambiental no Interior Paulista: a supressão de áreas verdes e o aparecimento de onças no meio urbano


   Em grandes cidades do interior paulista, especificamente, no eixo que vai de Jundiaí até Campinas, há um crescimento expressivo - e desorganizado - de condomínios residenciais de alto padrão. Trata-se de famílias de poder aquisitivo único em nossa sociedade que procuram em condomínios fechados uma fuga dos centros urbanos e de problemas que lhe são associados - segurança, qualidade de vida, entre outros. E na maioria das vezes, esses residenciais são construídos em áreas verdes, vizinhos às matas remanescentes do estado.

   De fato, há uma vinculação entre as áreas verdes e estes condomínios, atribuindo-se ao local o prazer de se viver próximo à natureza. Ocorre que estas matas são o último refúgio da fauna silvestre e a supressão de seu habitat faz com que animais de grande porte sejam encontrados na cidade.

   Nos últimos meses, três onças-parda e dois lobos-guará foram encontrados nesta região. Alguns em beiras de rodovias; outros, em jardins de casa. Uma das onças capturadas recebeu o carinhoso apelido de goiabeira. Acuado pela presença de humanos, o felino subiu num pé de goiaba e teve que ser sedado. A reintrodução destes animais no seu habitat natural tem-se demonstrado uma tarefa difícil, pois as matas paulistas estão cada vez mais raras nesta região.

   Mas o avanço dos condomínios fechados não é o único vilão. A queimada de cana-de-açúcar para colheita destroe grandes extensões de terra e afugentam animais para distâncias longínquas.

   As autoridades minimizam a questão. A expedição de licenças ambientais para a construção de novos condomínios residenciais sem a adoção de medidas ambientais sustentáveis e a demora do Governo do Estado de São Paulo em adotar um prazo final para a queimada como método de colheita da cana assinalam a falta de preocupação dos representantes do povo com a fauna e a flora locais, com os recursos hídricos e com a biodiversidade da mata atlântica e do cerrado.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Aumento do Número de Pedidos para Desmatar


     "Aumento do número de reservas florestais?" - Não, caro cidadão! Aumento do número de pedidos para desmatar.

     Alguns órgão estaduais registraram, até este mês de julho, em comparação ao ano passado, um aumento no número de pedidos para que se autorize o desmatamento em propriedades localizadas nos seus respectivos territórios. É o caso dos estados do Tocantins e de Minas Gerais.

     Este fenômeno já era esperado, inclusive, pela Senadora Katia Abreu - carinhosamente denominada entre os  ambientalistas como a "Senadora Moto-Serra".

     Com a iminência da votação das propostas de alterações do atual Código Florestal que podem estabelecer uma moratória de cinco anos para novos desmatamentos, os produtores rurais têm recorrido ao chamado desmatamento legal. Entende-se por este a porcentagem da propriedade que não é tutelada pelo instituto jurídico da reserva legal. Atualmente, legislação nacional obriga o proprietário rural a resguardar determinada parte de seu terreno (80% na Amazônia Legal; 35% no bioma do cerrado; 20% nas demais localidades). Em tese, o restante da propriedade está sujeita ao desmatamento, desde que autorizado e respeitadas as demais normas legais de preservação ambiental. 

     Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o diretor de Florestas do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Denílson Bezerra, manifestou sua preocupação com o fato. "O Tocantins tem forte vocação agropecuária. Temo que, com essa moratória, o desmatamento ilegal volte a aumentar. (...) Tem havido um aumento da demanda por desmatamento e estou preocupado com isso".

    Em contra-partida, o Deputado Federal Aldo Rebelo (PCdoB) tem-se demonstrado indiferente. Acredita que este é um direito do proprietário na legislação ambiental vigente. Curioso é pensar que, caso seu substitutivo seja aprovado no Congresso Nacional, novas áreas estarão sujeitas ao desmatamento legal após o prazo de 5 anos - se é que este prazo será respeitado.

Cancelamento do Debate On-line



    Estava agendado para esta segunda-feira (26/07) o primeiro debate online entre os presidenciáveis Marina Silva (PV), Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Tratava-se de um grande avanço à democracia brasileira e, também, à informação dos eleitores, pois, somente através da exposição e do confronto de conceitos e propostas é que a população estaria apta a votar conscientemente. Entretanto, este encontro virtual entre os candidatos e o povo brasileiro foi cancelado nesta quinta-feira (22/07), após a recusa oficial de Dilma Rousseff e o cancelamento (após prévia confirmação) de José Serra.

    Em seu site oficial, a candidata do Partido Verde emitiu nota e lamentou o fato. "Como se não bastasse terem reduzido o leque das candidaturas e das propostas com a exclusão de Ciro Gomes do processo eleitoral, agora querem inibir o próprio eleitor de conhecer, por meio dos debates, as visões, as propostas e as trajetórias dos candidatos à Presidência da República. (...) A recusa ao confronto das ideias promove o empobrecimento da democracia pela qual tanto lutamos, inclusive Dilma e Serra".

    Definitivamente, o maior prejudicado é o povo brasileiro que, mais uma vez, é ignorado e desrespeitado pelos candidatos à presidência. E esta manobra não é novidade para ninguém! Fernando Henrique Cardoso tomou a mesma atitude e conseguiu se eleger no primeiro turno das eleições de 1998. Luis Inácio Lula da Silva, nosso excelentíssimo atual Presidente da República, também tentou se esquivar dos holofotes nas eleições de 2006 quando apresentava votos suficientes em pesquisas de campo para eleger-se no primeiro turno. No entanto, teve seus planos atrapalhados por mais um escandalo envolvendo seu partido político - desta vez, mais de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil) encontrados num quarto de hotel de filiados do Partido dos Trabalhadores, para a compra de um suposto dossiê.

    O Insituto Aimara é uma associação civil idônea e independente. Portanto, não apoia nenhuma candidatura à Presidência da República. Mas lamenta profundamente a falta de respeito pelos eleitores brasileiros e a nítida falta de conteúdo dos candidatos que optaram pela ausência, ao invés da de exporem suas verdadeiras faces.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Adeus Florestas: relatório de mudança do Código Florestal é aprovado.

   O dia 06 de julho de 2010 entrará para os anais da história! Não, não se trata da classificação da Holanda para a final da Copa do Mundo da África, após dar um "sabão" no Brasil. Trata-se da aprovação do relatório elaborado pelo digníssimo Dep. Federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que propõe drásticas mudanças no Código Florestal.

   Após uma sessão conturbada, em que nossos nobres colegas do Greenpeace protestaram bravamente com sirenes e cartazes (com os dizeres "Não vote em quem destroe as florestas"), o relatório foi aprovado pela votação de 13 votos a favor e 5 votos contra.

   No cumprimento do nosso dever de construir uma nação mais consciente, destacamos abaixo os nomes dos políticos que votaram a favor da aprovação do relatório e seus respectivos e-mails, para que, assim, cada cidadão que se importe com o seu futuro possa pedir esclarecimentos:

- Anselmo de Jesus (PT-RO): dep.anselmodejesus@camara.gov.br

- Homero Pereira (PR-MT): dep.homeropereira@camara.gov.br

- Luis Carlos Heinze (PP-RS): dep.luizcarlosheinze@camara.gov.br

- Moacir Micheletto (PMDB-PR): dep.moacirmicheletto@camara.gov.br

- Paulo Piau (PPS-MG): dep.paulopiau@camara.gov.br

- Valdir Colatto (PMDB-SC): dep.valdircolatto@camara.gov.br

- Hernandes Amorim (PTB-RO): dep.hernandesamorim@camara.gov.br

- Marcos Montes (DEM-MG): dep.marcosmontes@camara.gov.br

- Moreira Mendes (PPS-RO): dep.moreiramendes@camara.gov.br

- Duarte Nogueira (PSDB-SP): dep.duartenogueira@camara.gov.br

- Aldo Rebelo (PCdoB-SP): dep.aldorebelo@camara.gov.br

- Reinhold Stephanes (PMDB-PR): dep.reinholdstephanes@camara.gov.br

- Eduardo Seabra (PTB-AP): dep.eduardoseabra@camara.gov.br

   Fazendo jus àqueles que não se deixaram levar pela pressão ruralista, destacamos abaixo os representantes do povo que merecem nosso respeito:

- Dr. Rosinha (PT-PR): dep.dr.rosinha@camara.gov.br

- Ricardo Tripoli (PSDB-SP): dep.ricardotripoli@camara.gov.br

- Rodrigo Rollemberg (PSB-DF): dep.rodrigorollemberg@camara.gov.br

- Sarney Filho (PV-MA): dep.sarneyfilho@camara.gov.br

- Ivan Valente (PT-SP): dep.ivanvalente@camara.gov.br

   A bancada ruralista que votou a favor da aprovação do relatório é composta, em sua maioria, por deputados cuja formação profissional está diretamente ligada à produção rural (pecuaristas, engenheiros agrónomos, entre outros). O discurso adotado nos últimos anos - incluindo o do ex-Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes - é de afirmar a incompatibilidade entre a proteção ambiental e a produção agrícola. Assim, os representantes do povo declararam o atual Codigo Florestal como inimigo do produtor rural, e seu principal empecilho ao lucro. Decidiram ignorar, desta forma, o eficiente e exemplar trabalho daqueles que lutaram para adequar suas produções no campo a parâmetros que respeitem a natureza.

   O relatório aprovado traz em seu conteúdo um discurso apaixonado de teses há décadas superadas, típicas do ápice da guerra fria, assemelhando-se às invocações do ex-presidente norte-americano, George W. Bush, utilizadas para justificar suas mazelas e atropelar os consagrados conceitos de direitos humanos. Como exemplo, destaca-se abaixo a concepção do Douto Deputador-Relator sobre as mudanças climáticas, contida no bojo do seu Relatório: 

   As mudanças climáticas podem ser mais ou menos severas do que sugerem as estimativas atuais, assim como a ocorrência de eventos climáticos extremos. Em nenhum momento da história humana a ação do homem sobre a natureza foi mais intensa do que nos dias atuais. Não há consenso, porém, sobre até que ponto as mudanças climáticas recentes decorrem da ação humana ou de processos cujos ciclos podem ser medidos em centenas, milhares ou milhões anos. (...)

   Diante do elevado grau de incerteza da maioria das hipóteses, adotar planos de contingência para todos os cenários imagináveis, mesmo os mais catastróficos e improváveis, baseados na hipótese de que “o planeta se encontra à beira do colapso em decorrência da ação humana” e de que “existem soluções de baixo custo”, podem implicar em custos sociais e econômicos desproporcionais aos possíveis e mesmo improváveis ganhos, principalmente se consideramos a tendência de que a conta pesará mais sobre os pobres.

   O Douto Deputado-Relator afirma que os países desenvolvidos financiam a colonização contemporânea da nação brasileira através do financiamento de organizações não governamentais, e que o país precisa se posicionar de forma soberana - com a adoção de leis menos restritivas ao uso da terra pelo produtor rural. Ainda, manifesta sua ignorância sobre a magnitude da biodiversidade das florestas brasileiras ao questionar por que não se busca a mesma proteção às florestas de outros países.

   Dentre os temas mais polêmicos do relatório, propõe-se a redução das áreas de preservação permanente dos atuais 30 metros para 15 metros. Ainda, prevê-se a anistia - ou seja, o cancelamento - das multas recebidas em virtude de desmatamento para as propriedades que foram regularizadas nos respectivos órgãos estatais, e as propriedades cuja extensão seja inferior a 4 módulos rurais ficam dispensadas da recuperação das áreas desmatadas.

   Uma vez aprovado, o relatório seguirá para votação no Congresso Nacional. A expectativa é que entre na pauta da Câmara ainda neste ano.

   Entidades ambientalistas têm se manifestado contrárias às modificações. A comunidade científica argumenta que não foi devidamente ouvida na elaboração do relatório, e que as consequências à biodiversidade foram ignoradas. Afirma-se, da mesma forma, que a expansão agropecuária brasileira poderia ser promovida sem a redução de áreas de proteção e de preservação ambiental.

   O Instituto Aimara se posiciona ao lado das associações congêneres e defende a preservação do meio ambiente acima das pretensões econômicas dos grandes produtores rurais.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

E o Vazamento Continua!


    O vazamento de petróleo no Golfo do México está completando dois meses de existência, e sua expectativa de vida aumenta a cada dia que se passa. A British Petroleum, principal companhia responsável pela exploração naquele poço, afirmou nesta segunda (21/06) que já gastou o equivalente a R$ 2 bilhões com toda operação de contenção de óleo e reparação de danos.

    A PB tem sido bombardiada na mídia americana. O presidente da companhia, Tony Hayard, esteve no último dia 17 no Congresso Norte-Americano fornecendo explicações sobre os procedimentos tomados até agora. Enquanto o desastre toma dimensões imprevisíveis, a empresa petrolífera tenta amenizar o impacto negativo de sua imagem circulando propagandas de responsabilidade ambiental - assim como a Petrobrás faz ordinariamente no Brasil.

     Curioso pensar que representantes da BP já estavam nas imediações de comunidades então seriam atingidas pelo acidente dois dias após as explosões que mataram 12 empregados. O objetivo da empresa era firmar um contrato de sigilo com as famílias que dependem da pesca naquela região, onde foi estipulado um reembolso simbólico, analisando-se caso a caso.

      Imediamente, logo após o anúncio do vazamento, foram veiculadas imagens do vazamento do petroleiro Exxon Valdez que atingiu a costa do Alasca há mais de 20 anos. Em entrevista a uma rede de televisão norte-americana, os atingidos por aquele desastre alertaram às vítimas do vazamento da BP para não acreditassem nas promessas do Governo e, principalmente, da empresa pretrolífera.

    As estimativas variam: afirma-se que entre 9,5 e 16 milhões de litros de óleo são despejados por dia no Golfo do México! E a cada semana uma nova tentativa falha de tentar deter o vazamento.

     De certo, apenas, resta a certeza de que o Brasil precisa ser cauteloso na exploração da camada pré-sal, pois a consequências de um possível desastre na costa brasileira atingiriam uma magnitude bem maior!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Representações ao Ministério Público na Cidade de Campinas

Dentre as atividades desenvolvidas pelo Ministério Público, destacam-se as ações jurídicas contra possíveis infratores do meio ambiente. Duas representações foram elaboradas e apresentadas ao Ministério Público do Estado de São Paulo, na Comarca de Campinas, que ensejaram a abertura de dois inquéritos civis.

O inquérito n.º 051/10 versa sobre a destinação irregular de entulhos e restos de construção em área de preservação permanente localizada próximo à Rodovia Dom Pedro I, a 500 metros da Cidade Judiciária. Através destas coordenadas, é possível visualizar a área no google earth (22º51'11.35''S - 47º02'53.74''O). Com início da rua Jasmim, perto da CPFL, há um fundo de vale por onde se estende um curso d'água intensamente degradado pelos empreendimentos imobiliários daquela região. Há grande descarte de entulhos de toda sorte: madeira, concreto, massa corrida, lâmpadas, tijolos, materiais inflamáveis, entre outros.

Já o inquérito n.º 064/10 aborda a ampliação do empreendimento comercial denominado TILLI CENTER, no Distrito de Barão Geraldo. O entorno deste Shopping é local conhecido em toda região por constantes inundações, e, justamente, questiona-se a ampliação do empreendimento em face a não previsão legal da possibilidade desta construção em área de preservação permanente.

Qualquer cidadão pode dirigir-se à 24ª Promotoria de Justiça da Cidade de Campinas (localizada na Cidade Judiciária) e conferir o andamento destes inquéritos.

Ressaltamos a importância desta iniciativa. Aos interessados, confiram também o inquérito civil n.º 096/09, em que se descobriu, através de representação realizada pelo nosso então presidente, o despejo de esgoto sanitário e industrial de 4 empresas no Córrego da Lagoa, na beira da Rod General Milton Tavares de Sousa (SP-332, conhecida como Tapetão), atrás da Fábrica da Triunfo-Arcor, no Município de Campinas.

Entre em contato conosco para maiores esclarecimentos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Campinas Tem Delegacia de Polícia Especializada Contra os Maus Tratos de Animais


   No início deste ano de 2010, a cidade de Campinas ganhou mais um aliado na luta contra os maus-tratos de animais. Trata-se do 4° DP, localizado no entorno do Parque Taquaral, em frente à praça Arauto da Paz.

   A Dra. Susana Mortari é a Delegada responsável. O funcionamento é das 08:00 às 19:00 horas, de segunda a sexta.

   Claro que qualquer outra Delegacia de polícia poderá registrar denúncias de crimes contra os animais, em qualquer dia ou horário. No entanto, todos os documentos serão remetidos ao 4° DP que concentrará as investigações.

   É uma experiência única em  São Paulo, pois não há no Estado nenhuma outra Delegacia especializada em crimes contra os animais. Tem-se que as denúncias se basearão no disposto do artigo 32 da Lei n.° 9.605/98 que se destaca abaixo:

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

   O Instituto Aimara apóia esta idéia e se oferece como canal de comunicação entre você, cidadão, e as autoridades responsáveis. Sua experiência com denúncias e representações na defesa do meio ambiente destaca seu trabalho e seu posicionamento na sociedade.

   NÃO SE CALE! MAUS-TRATOS CONTRA ANIMAIS É CRIME! DENUNCIE!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Acompanhe os Casos Ambientais Discutidos na Corte Internacional de Justiça em Haya


Importantes disputas entre Estado são travadas na pauta da Corte Internacional de Justiça, em Haya (Holanda).

No link abaixo você pode conferir passo a passo do processo movido pela Argentina contra o Uruguai, pela construção de duas usinas de celulose na margem do Rio Uruguai. Buenos Airess alega violações a determinadas obrigações pelos uruguaios firmadas no Estatuto do Rio Uruguai. A foto acima é a construção da Botnia, umas das usinas. Trata-se de um investimento espanhol; a outra usina, finlandesa.

E confira a decisão de Haya: os juízes que compõem a corte se manifestarão dia 20 de abril de 2010.

Inúmeros casos - disputas marítimas (Chile vs. Peru), aplicação aérea de herbicidas (Colômbia vs. Equador), entre outros - podem ser acompanhados.

http://www.icj-cij.org/docket/index.php?p1=3&p2=1

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tribo na Amazônia quer garantir futuro com projeto de carbono


A reportagem está veiculada no site da UOL. Contém texto interessante e vídeo da BBC Brasil.
Uma etnia indígena da Amazônia Brasileira quer ser pioneira na elaboração de um projeto de redução de carbono para financiar o seu desenvolvimento de forma sustentável.


http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/04/13/tribo-na-amazonia-quer-garantir-futuro-com-projeto-de-carbono.jhtm

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Estamos de Olho!!





































Por toda cidade, muitas irregularidades são praticadas. O meio ambiente é desrespeitado e tratado como destinatário final de tudo que não desejamos. Dispensamos em nossos rios e córregos todo tipo de sujeira - "bota-fora" de construção e efluentes sanitários.








Mas não vacile!! Estamos de olho!! O Instituto Aimara e seu braço militante não cansam e são sempre vigilantes.








domingo, 4 de abril de 2010

O Instituto Aimara na Luta pela Preservação Ambiental


O Instituto Aimara realizou duas importantes ações na defesa e preservação do meio ambiente de Campinas, no Estado de São Paulo. Através de seu corpo jurídico, duas representações foram protocoladas no Ministério Público.

"O Município de Campinas, assim como a maioria das cidades brasileiras, apresenta graves incongruências na preservação ambiental. Apesar de um vasto e claro ordenamento jurídico que proíbe determinadas práticas lesivas ao meio ambiente, observamos que a Lei é desrespeitada. A busca por capital sobrepõe-se à preocupação ambiental. E, assim, tanto o Poder Público quanto a iniciativa privada cometem erros gravíssimos", observa Gustavo Rocco, vice-presidente da Associação.

Uma das representações aborda o Distrito de Barão Geraldo, especificamente, um empreendimento comercial localizado em área de preservação permanente, às margens do Ribeirão das Pedras. "Há um intenso desequilíbrio ambiental nesta área. O Ribeirão das Pedras sofre com uma gestão pública ambiental insustentável. Imagine que um dos maiores shopping centers brasileiros foi construído exatamente em cima de seu curso, soterrando-o e comprometendo a qualidade de suas águas. As sucessivas canalizações, também, foram determinantes à morte da fauna e da flora aquáticas. Quanto a representação ao Ministério Público, em específico, expressa nossa insatisfação com o cuidado dispensado ao meio ambiente pela Prefeitura e pelo comércio da região", afirma Gustavo.

Noutra representação, abordaram-se o descarte ilegal de resíduos sólidos e, também, o despejo de esgoto doméstico em curso d'água localizado a menos de um quilômetro da Cidade Judiciária Campineira.

"Importante salientar que estas localidades são fragmentos remanescentes da Mata Santa Genebra, a segunda maior floresta urbana do Brasil. Definitivamente, lutamos contra uma gestão ambiental que não queremos para o nosso Município", lamenta Gustavo.
O Instituto Aimara se destaca como modelo de representatividade social na defesa do meio ambiente. Junte-se a nós. Para obter maiores informações, entre em contato conosco: institutoaimara@gmail.com

quarta-feira, 24 de março de 2010

Disk Denúncia Ambiental - OAB/Campinas

OAB cria comissão para apurar desrespeito ao meio ambiente
Denúncias podem ser feitas pela internet
24/03/2010 - 08:39
EPTV - http://eptv.globo.com/busca/busca_interna.aspx?292654

A Comissão de Meio Ambiente da OAB Campinas lança nesta quarta-feira (24) um canal de comunicação para casos de desrespeito e agressão ao meio ambiente. Os abusos podem ser denunciados pela internet, no e-mail verde.denuncia.oab@gmail.com
As denúncias também podem ser feitas pessoalmente no plantão da Comissão, na Casa do Advogado, na Avenida Dr. Moraes Salles, 580, 6° andar, às quartas-feiras, das 9h às 12h.
Depois de avaliados, os casos serão encaminhados à Polícia Florestal, Ibama ou Cetesb.

A Consciência Ambiental


A consciência ambiental é um saber-ser imprevisível, em constante construção de idéias e um único propósito: a preservação da vida.
Plantar árvores é uma atitude um tanto quanto inusitada. Por vezes, levamos à terra um graveto tímido que se manifestará, em seu esplendor, só daqui uma ou duas décadas. Enquanto a nós - os plantadores - cabe o duro e zeloso acompanhamento, aos nossos filhos estará reservado o desfrute!
Nosso trabalho hoje reflete-se no amanhã. De geração em geração, transferimos nosso amor à natureza, aos nossos filhos, aos filhos dos nosso filhos...
Pensemos no universo como uma simbiose de energias, em que a vida nos retribui, em dobro, pelas coisas que fazemos pelo meio ambiente.
Afinal, determinadas coisas não tem preço! E o sorriso de uma criança e a sombra fresca de uma árvore estão certamente entre os bens mais valiosos!

terça-feira, 23 de março de 2010

Trote Ecológico: sucesso absoluto.


O último dia 20 de março foi marcante para o Instituto Aimara e a cidade de Piracicaba. O trote ecológico realizado neste sábado demonstrou a consciência social do corpo estudantil piracicabano e todo seu comprometimento com o meio ambiente.




Os estudantes se encontraram cedo e iniciaram uma caminhada de limpeza das margens do Rio Piracicaba, por toda a extensão da avenida Cruzeiro do Sul.



Das 200 mudas prevista para o plantio, 172 encontram seu lar às margens do Rio Piracicaba (motivos de organização exigiram a redução do número). E a população local já demonstra sua satisfação e agradecimento: barricadas improvisadas pelos moradores evitam o trânsito de veículos perto das mudas.



Parabéns a todos os participantes. A natureza agradece.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O Trote Ecológico - 20 de março em Piracicaba, às 09 da manhã, frente ao largo dos pescadores.

O Instituto Aimara tem o prazer de convidar a todos para participarem do evento denominado TROTE ECOLÓGICO, que será realizado dia 20 de março, a partir das 10:00 da manhã, em Piracicaba.
Idealizado inicialmente pelo Centro Acadêmico da Faculdade de Biologia da UNIMEP em 2008, o TROTE ECOLÓGICO consiste na limpeza das margens do Rio Piracicaba. Hoje, no entanto, o evento dotou-se de novas proporções: visa não somente à limpeza do rio, mas também, à conscientização ecológica da população.
Da mesma forma, o TROTE - hoje organizado pelo Diretório Central dos Estudantes da UNIMEP - representa uma nova e exemplar forma de integração entre os veteranos e calouros da Universidade, frente aos abusos e às humilhações públicas que universitários impõem aos recém-ingressos em outras instituições estudantis.
Mas não é só isso. Sim, temos mais! Chamamos a todos para comparecerem ao plantio de 200 mudas nativas que será realizado ao fim da Avenida Cruzeiro do Sul, logo após a limpeza das margens. Trata-se da recuperação de uma área intensamente degradada.
Tudo começará às 10 da manhã, em frente à rampa do largo dos pescadores. Posteriormente, segue a limpeza das margens em direção à Avenida Cruzeiro do Sul até o centro comunitário.
O Instituto Aimara não só participa como também faz parte deste projeto de cidadania. Venha conosco. Juntos construiremos uma sociedade melhor.